Quando vi o filme “Peixe Grande” pela primeira vez, lembrei logo do meu pai. Foi ele quem criou as grandes fantasias da minha infância e quem ainda faz questão de sustentá-las (ainda que tenham se passado tantos e tantos anos). Quando me mudei para São Paulo nós criávamos nossa aproximação através das incríveis cartas ilustradas que ele me mandava e da nossa brincadeira de completar uma história escrita a quatro mãos e, veja bem, naquela época, com a ajuda dos Correios e não da Internet.
Mas o que me levou a escrever este post foi a constante lembrança da forma que meu pai encontrou de me ensinar História, conceito de evolução, e tudo contido nessas duas ideias. Na nossa sala da casa em Pirenópolis ele estendia metros e metros de barbante e ia fazendo nózinhos, cada vez mais próximos uns dos outros, para depois me contar com riqueza de detalhes os acontecimentos contidos em cada um desses nós. Com o passar dos séculos, mais nós iam se acumulando, e era a forma que ele tinha de mostrar como as coisas evoluíram com mais rapidez a partir da Revolução Industrial. Naquele momento, aquela sala de nossa casa secular se transformava em um mundo mágico, cheio de descobertas, guerras, tempos de paz e tanta novidade que eu era capaz de ficar ali por dias a fio, só imaginando o mundo nos nós do barbante.
Recentemente lançaram a régua da evolução, que me fez lembrar bastante da invenção do meu pai, mas que perde de longe no quesito magia…
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Com o começo de uma nova década, inúmeras e incontáveis revistas, jornais e publicações online fizeram não só suas projeções para os próximos anos como também relembraram o que significou a primeira década do século XXI e as inovações e tendências observadas no último século (e as previsões para 2050!).
Gráfico por Phillip Niemeyer, diretor de arte no estúdio de design Double Triple
Innovation Timeline, de 1900 a 2050, por What’s Next