slow fashion: zero-waste

Interessante a reportagem do New York Times sobre a sustentabilidade na moda. O ponto focal é o zero-waste, ou desperdício zero, onde a ideia é fazer o encaixe perfeito dos moldes no tecido de forma a deixar apenas minúsculos pedaços sobrando no chão das fábricas.

Parece pouco, mas profissionais da indústria afirmam que de 15 a 20 por cento dos tecidos utilizados nas fábricas para a produção de roupas acaba no lixo, porque é mais barato jogar fora os retalhos do que reciclá-los.

Fica bem claro que a tendência chegou para ficar quando em uma mesma matéria se juntam informações como:

– a Parsons vai oferecer um curso sobre o tema em breve

– na Nova Zelândia começa uma exposição sobre o tema que deve depois aportar em NY

– um livro sobre o tema será lançado em 2011

A matéria ainda traz nomes de designers do mundo que estão liderando este movimento. Vale a pena ler.

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Filed under na moda, na sustentabilidade

internet superpower

A BBC está apresentando uma série de reportagens que busca mostrar as profundas transformações promovidas pela internet e a revolução digital: SuperPower – How Internet Changed the World. Numa das experiências mais interessantes, o programa propõe plugar um vilarejo na Nigéria (uma das áreas menos conectadas do mundo) e desconectar duas famílias na Coréia do Sul (onde existe a maior penetração de Internet do mundo) pelo período de uma semana visando analisar o que significa estar conectado e desconectado neste mundo digital, e como a conexão transforma a vida e reduz distâncias.

A experiência em Seul acabou no dia 5 de fevereiro deste ano, e as famílias contam no programa como conseguiram “sobreviver” a este período unplugged. Entre suspiros de alegria pela volta da Internet às suas vidas, constatações como a do pai da família Yang não deixam dúvidas de que o “experimento” foi de grande utilidade; para ele, estar desplugado o ajudou a descobrir um certo tempo perdido. Para sua esposa, Youm Jung-a, a experiência certamente mudará a forma como ela usará a Internet no futuro – ainda que se mostre muito contente pela volta da conexão em sua vida. Youm Jung-a verbaliza claramente a ideia de que, ao passar tanto tempo conectados, perdemos o tempo que antes tínhamos de convivência com amigos, vizinhos e família.

“This week I’ve had more time to play with the kids and chat to neighbours. In future I might try to limit the hours I spend online – there are so many other things to do.”

Os relatos da experiência na Coréia podem ser lidos aqui

Enquanto isso, esperamos pelas transformações ocorridas em Gitata na Nigéria onde dois moradores foram escolhidos para serem conectados durante uma semana.

Talvez a experiência de estar conectado pela primeira vez seja mais sufocante que a de se desconectar por uma semana. Então, que transformações culturais e de comportamento uma conexão pode trazer para áreas afastadas e desprivilegiadas do globo? Certamente são transformações muito mais interessantes do que as sofridas pelas mulheres nos programas de troca de esposas (Trading Spouses ou Wife Swap) mas não tão diferentes como as mudanças enfrentadas pelas comunidades indígenas e quilombolas no Brasil que recentemente têm tido acesso ao mundo digital.

É esperar para constatar.

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outdoor stages: outdoor parede

Ao invés de uma cidade limpa, o MAK Center de Los Angeles resolveu propôr uma cidade cheia de arte, quase uma outdoor parede (=cow parede), no projeto que ganhou o título de “How Many Billboards? Art Instead”

Segundo o diretor do museu, Kimberli Meyer, a arte deveria periodicamente ocupar o espaço da propaganda no ambiente urbano, propondo um diálogo e não mais um ruído visual para as cidades. É importante levar em consideração que os outdoors, assim como já aconteceu em São Paulo, são ainda parte intrinseca da paisagem de Los Angeles, tendo uma presença massiva no espaço público.

“Enquanto as mensagens comerciais te dizem para comprar, as mensagens artísticas te encorajam a olhar e pensar para além delas”, reforça Kimberli Meyer. Assim, ao ocupar os espaços tradicionais da propaganda, os outdoors artísticos propoem um diálogo e provocam um pensar mais amplo sobre o papel dos espaços visuais nas cidades.

A exposição inclui os trabalhos de 21 artistas contemporâneos, como Kerry Tribe, Kenneth Anger, Michael Asher, Kori Newkirk, Jennifer Bornstein, Yvonne Rainer e James Wellin e fica na cidade para quem passar por lá até o fim de março (todos os trabalhos podem ser vistos no mapa interativo no site do projeto).

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